Quando ouvi seu coração bater pela primeira vez
Senti que não estaria mais a sós sequer por um instante
Entendi que a vida me deu um presente, que terei que cuidar
Entendi que terei que te entender
Que muitas vezes terei que me calar
Passei a ver o mundo de forma diferente, fiquei contente
Muitas responsabilidades vieram com você, a maior foi a que iria te amar até meu último dia
Naquele instante em que seu peito batia, senti que minha mente jamais se tornaria vazia, e que isso me consumiria
Desde então, com as batidas de seu coração, no meu peito soa, como que numa sinfonia, um tilintar suave, afinado, uma linda melodia
Mesmo que doa, suporto com alegria
Aventura de dois aprendizes; eu na criação, você na ilusão, seguindo no compasso da vida
Nos entendemos num olhar, num calar
Um aprende, o outro ensina
Quando eu ouvi seu coração...ah, como foi bom!
Sei que você veio de mim, para mim
Na lembrança da sua companhia ficará a saudade
Mesmo que cause apatia, uma história foi escrita, que ludibria a esperança de que seja eterna a convivência
Mas a vida segue o rumo, dia a dia, cheia ou vazia, trazendo eloquência e sabedoria
Nem sempre iremos olhar na mesma direção
Com o tempo, a batida desse coração vai tornar-se fria, pelo esquecimento do que a aquecia ou pela perda da hierarquia
E no silenciar, o valor muda, perdendo-se a sintonia
Caímos assim no esquecimento, onde o lamento angustia
Há lágrima. Há agonia.
E o Amor permanece, mesmo quando você me esquece, pois sei que essa é uma estrada de única via
Compreendo suas necessidades, seus interesses
Lembre-se, a reta final de minha vida se inicia, quando se afasta e meu coração já fraco, bate com arritmia
Sem você por perto, a vida perde a graça, minha razão de viver se torna alegoria
Saiba que estou aqui, estarei sempre aqui, por ti!
Venha, estarei aqui te esperando, mesmo que por serventia!
Pedro Avila
16 09 2024
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