Como um simples olhar mira aquilo que a ele atrai, as memórias ficam entre espaços da mente, para serem revividas em lembranças, em momentos que nunca mais serão vividos. A morte, seja no sentido figurado ou não, vem fria e calculista, nos abraçar e entregar a alforria da felicidade, que jaz, nos faz debruçar rumo ao esquecimento. Só nos resta seguir só. Nada mais é possível, senão tentar esquecer. Ah como era bom! Pura ilusão, hoje vejo como Utopia, em grau maior, pois não mais acredito no AMOR. Ah o AMOR...e ele? Aonde estava, e aonde está agora? Alguém pode me dizer? Pode se quer explicar os porquês? Lágrimas já não bastam mais. Secaram. Hoje o choro é consonante com a dor, com a aflição. Sigo perdido. Calado. Já não consigo mais ser quem era, ou ao menos viver como vivia. Todo sentimento e emoção permanecem, mas impuros. De pureza sobra o que? Sobre o que? Ao AMOR segue o vilipêndio de um dia ter existido, por tê-lo sentido sem sequer ter autorização. Foi pura invasão. Nenhum cuidado fora tomado. E hoje fico preso na esperança de esquecer aquilo que me faz bem. Sempre me fez. Sem ser responsável por isso, sem querer. Na minha memória ficam os resquícios daquilo que me iludiu, como contraponto a necessidade de tê-lo comigo. Hoje justo, leve, livre, busco me refugiar no medo de reencontrá-lo. Inseguro, sem base para um novo início, me perco e na tentativa de me achar, volto ao ponto inicial, que faz de mim, refém de mim mesmo, pois falta atitude, consciência, entendimento e o sofrimento, que me entristeceu, hoje me fortalece para viver em PAZ, porém contrariando meus desejos, minhas vontades, de arriscar, tentar novamente. Sem a memória tudo seria diferente. Tudo mudaria. Penso que poderia viver o que quero, sem medir as consequências. Apenas viver. Pois sem experiência corremos riscos, mas criamos esperanças, de que viver vale a pena. Sempre vale tentar de novo. O novo é bom. Porém sem experiência e memória, tudo torna-se novo. Podemos arriscar sem cobranças e livre dos preconceitos. São esses os fragmentos a serem vividos, no presente. E só.
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