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Foto do escritorPedro Avila

DESEJOS

Eles eram amigos e cresceram juntos. Se conheceram quando eram crianças, estudaram na mesma escola, fizeram provas,  participaram da educação física, juntos no mesmo time. Se um brigava, o outro ajudava. Quando um acordava, já ia direto para a casa do amigo chamá-lo. Iam para a escola juntos todos os dias e ficavam depois da escola juntos, até o final do dia. Assim foi na infância e na adolescência. O tempo  foi passando e a vida mudou para os dois. Se afastaram. Longe um do outro, não puderam mais viver aquela amizade fiel, leal, da meninice.  Cada um seguiu o seu caminho. Como adultos tiveram que lutar pela vida individualmente. O tempo passou e a cada momento um evoluía materialmente, enquanto o outro evoluía espiritualmente. Um buscou o dinheiro do trabalho, as recompensas, títulos, cargos, estabilidade financeira. Já o outro viajou o mundo conhecendo novos lugares. Foi ao Tibete em uma viagem de crescimento espiritual, onde passou grande parte da sua vida. Fez todas as viagens com uma mochila nas costas e pouco dinheiro, com o objetivo de desvendar os mistérios da vida. De repente uma notícia veio e o primeiro amigo soube da morte do segundo amigo, e estando ali, de frente àquele caixão, olhando no rosto do amigo falecido, muitas lembranças vieram à sua mente e junto com elas, pensamentos de ‘Por que não mantivemos essa amizade? Bom, não daria e  ele estava sempre longe e o pouco que vinha, para onde eu estava, não permitia o tempo escasso que eu tinha, para vê-lo.' Via amigos dele por perto dizendo absurdos do caráter, da personalidade e do quanto caridoso o amigo era. O quão bom foi em ações voluntárias. Seu caixão era simples, assim como sua roupa, porém uma mente e um coração gigante estavam nos deixando. Ah,  quantas seriam nossas experiências se juntos continuássemos? Ele na minha vida, eu na vida dele. Inspirado nesse tema, fica a dúvida de qual a melhor vida para vivermos? Sei que haverão respostas, porém o que se nota são adultos insatisfeitos, presos a um sistema castrador de ideais, de sonhos, de desejos. Ah os desejos, esses são nossas oportunidades para crescer, revertendo-os em vontade, força propulsora para qualquer necessidade de evolução e reintegração a nossa origem. Bom entendermos que, quando recebemos o que não queremos, podemos estar ganhando um presente de Deus. A vida muitas vezes nos mostra a verdade de forma invertida, como no espelho. Temos que saber perceber,  que tudo é transitório , e em algum momento teremos de volta o que perdemos provisoriamente. Cabe a nós desatar cada nó de nossa personalidade, quando testados. Sem exitar, transformar o que for ruim em bom, compreendendo  todo processo. É difícil esse processo, sim, é, mas o caminho é esse. Se algo está errado, estar atento aos porquês. Sempre haverão respostas. Temos que encontrar a resposta ideal e tudo fluirá e assim será sempre. Ao vivermos criamos um emaranhado de energias, em tudo com o que ou com quem nos relacionamos. Há momentos que achamos que está tudo bem, que aquele é um bom momento, porém não é. Nossas escolhas nos direcionam a arapucas, criadas por desejos inconscientes,  alimentados por nós, por não entendermos o processo acima. O vínculo citado acima, do desejo, para uma vida melhor, está dentro desse processo. Como conseguiremos chegar às vontades libertadoras, se estamos presos a pequenos desejos? O homem terá vivências diversas e cabe a ele, por seu livre-arbítrio, optar pelo caminho que o eleve, o faça crescer em essência, libertando-o das perturbações que o prendem a esse estado embrionário, perante a real necessidade para a sua evolução. Somos únicos e temos nossas necessidades. Não existe um só caminho. Não existe somente uma só fórmula. Essa diversidade não pode nos colocar em uma posição de conforto, mas sim de confronto. Confronto com nós mesmo, na luta diária para utilizarmos o ego de forma satisfatória, na direção certa, que é o reencontro com nossa verdadeira essência. Essa é a verdadeira libertação, e ela está em nossa consciência,  fora de toda dependência humana. Pelo valor, transmutamos futilidades. O valor está nos detalhes. Isso nos auxiliará no desprendimento do cotidiano, a  mudarmos a frequência, elevarmos nosso pensamento, nos tornamos aptos a meditação, a prece, a oração,  a contemplação. Aberto esses canais, nossa vibração nos centros psíquicos amplia, e nossos sentidos objetivos e subjetivos ficam mais aguçados. Com exercícios aumentamos essa capacidade de ação e da nossa energia vital. Com a saúde, mente, e espiritualidade em equilíbrio, nos mantemos em harmonia com o Universo. Para sermos um com Deus, temos que entender que somos apenas parte do processo, individualizados para agir, porém ligados ao todo, e é aqui, no micro, que temos a oportunidade de atuar. Entender que qualquer ação nossa, trará equilíbrio ou desequilíbrio ao todo, interferindo na egrégora que estamos, e propagando por extensão às demais egrégoras, até atingir a unidade. Para termos sucesso no processo que gera essa harmonia, precisamos ter força física, psíquica e espiritual em equilíbrio. O objetivo é que essa expansão de frequência ocorra de forma uniforme, para que tenhamos a plenitude da meta traçada alcançada. Façamos a nossa parte!

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