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Sobre falar de FÉ, há muito a se dizer. Posso citar experiências pessoais, ou de outrem, dar as melhores evidências ou argumentações, ou aprendizado literal, mas o que é a FÉ senão a crença sem racionalidade, que passa pelos aspectos psicológicos, culturais, sociais, e outros, movida por interesses próprios ou de terceiros, de acordo com a conveniência? Ter Fé é ter confiança absoluta em algo ou alguém. Falarei sobre a questão da Fé em um ser supremo. Dessa forma, seria eu muito inocente ao dizer que a FÉ resolve tudo sempre, mas mais inocente eu seria em pensar que não podemos por ela evoluir em essência. Para isso, temos que entender sobre a evolução do homem. Dos muitos conceitos aprendidos, entendemos que há um lado bom e outro ruim. A Fé nos induz ao que é bom. Sim, existem as expectativas criadas, diante de um mundo sem sentido intrínseco. Nos moldamos para um bem viver, e nem todos o conseguem, sem passar da linha tênue entre o bem e o mal. Vivemos num universo, indiferente a nós, em rotinas repetitivas, sem propósitos concretos, pois mudamos a cada dia e essas rotinas mudam conosco. As experiências nos tornam quem somos, pois elas atuam diretamente em nosso ser, como modeladoras de nosso caráter. Somos nossas escolhas, e a forma com que atuamos. O que nos convém serve como direção nessa luta diária, onde o objetivo é ser feliz, porém felicidade não é fim. A felicidade é o instante, e nem sempre o instante é feliz. Por este paradoxo criado, entendemos que, ao longo dessa batalha diária, com o passar do tempo, vemos que sem Fé, o caminho é mais árduo e nos piores momentos ela é imprescindível para continuarmos. A Fé tem sua utilidade na vida humana, e nos dá força para vivermos em harmonia. Ela é a válvula motriz da esperança, e é quem nos estimula à caridade. Pela crença dogmática ou não, que nos coloca nesse caminho do bem, seguimos sempre acreditando, daí podemos ver seu aspecto negativo, onde a Fé pode nos cegar, impedir que possamos evoluir e ampliar conhecimentos, por nos limitar, seja pela religião ou por não aceitação de novas ideias, ideologias, e padrões, onde com isso, estagnamos na evolução humana. Sei que muitas vezes não é fácil seguir, e a única opção que temos, é o que nossa mente limitada nos oferece. Somos escravos desse mundo que vivemos, que nos limita às expectativas que criamos, de acordo com a vida que temos. O Cósmico é indiferente a nosso vida, porém a Fé o coloca como responsável por nós, como se tudo dependesse dele em relação a cada vida encarnada. O fato a ser compreendido é que, há uma Lei e tudo segue o mesmo fluxo, desde o macrocosmo, até o microcosmo. Vendo desse ângulo, a Fé deixa de ser cega, e abre horizontes mais concretos, aonde tudo tem uma razão de ser, e o propósito da Fé desata o nó da confiança cega, e passamos a confiar no que é possível, dentro de cada possibilidade, em cada situação, conforme suas particularidades e peculiaridades. O entendimento profundo dessa Lei Universal, nos coloca na condição de condutor e transmisor de energia continua, e parte de um todo harmônico. E qual é o sentido da vida em contraste com a harmonia que devemos buscar? O fato está em resistir, para existir. Resistir a inutilidade contínua que a rotina nos impõe, imaginando-se feliz. Aqui entra o exercício da Fé, na gratidão de ser, mesmo que a tarefa seja árdua, numa constante rotina, pela plena aceitação do que te é dado, e pela dedicação ao esforço empenhado. Nesse ponto podemos observar que a Fé liberta e coloca à nossa vida significado, independentemente de se obter êxito, sucesso, nos resultados. Ter Fé torna-se desafiador, quando a premissa está em suportar as repetições sem um propósito maior, senão o de viver alegre, e com valor, aceitando o que nos é dado pelo Cósmico. Estar satisfeito demonstra que o que nos é dado importa menos do que o como reagimos diante das situações, tornando-nos melhores a cada nova experiência. Aqui está o ponto da evolução humana. Na citacão acima, vemos a Fé pela aceitação do irracional citado no início do texto, e que nos faz resistir ao desalento e encontrar no nosso embate diário, sua força, e sua verdadeira essência colocada a nosso serviço, com o objetivo do bem viver, independente de qualquer meta , de qualquer oferta.

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